segunda-feira, 11 de maio de 2009

Na última aula (turma de BH), estivemos às voltas com o texto Infância e História de Agamben. Foi muito interessante discutirmos a maneira como nós experimentamos continuamente a experiência da infância na linguagem. O prof. César nos lembrou do belíssimo poema de Peter Handke, que abre o filme Asas do Desejo. Abaixo, um pequeno trecho: 

Als das Kind Kind war, ging es mit hängenden Armen, wollte der Bach sei ein Fluss, der Fluss ein Strom, und diese Pfütze das Meer. 
Als das Kind Kind war, wusste es nicht, dass es Kind war, alles war ihm beseelt, und alle Seelen waren eins. 
Als das Kind Kind war, hatte es von nichts eine Meinung, hatte keine Gewohnheit, sass oft im Schneidersitz, lief auf dem Strand, hatte einen Wirbel im Haar und machte kein Gesicht beim Fotografieren. 

tradução livre...  

Quando a criança era criança, andava balançando os braços, desejava que o riacho fosse um rio, que o rio fosse uma torrente, e essa poça, o mar. 
Quando a criança era criança, não sabia que era criança.Tudo era cheio de vida, e toda vida era uma só. 
Quando a criança era criança, não tinha opinião, não tinha hábitos,sentava-se sempre de pernas cruzadas, andava pela praia, tinha um redemoinho no cabelo e não fazia cara para fotografia. 

Kátia Lombardi,de Belo Horizonte

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